terça-feira, 7 de abril de 2009

LUGARES EM EXTINÇÃO

Lugares em extinção
Patrimônios que correm o risco de desaparecer


Geleira de Chacaltaya
Até pouco tempo atrás, a Geleira de Chacaltaya, na Bolívia, era conhecida como um dos maiores declives esquiáveis do mundo, com o topo a cerca de 6 200 metros de altura. Com apenas 2% da quantidade de neve original, cientistas preveem que Chacaltaya estará completamente sem gelo no início de 2010. Sem neve, a rocha viu os esquiadores darem lugar a alpinistas e mountain bikers. Foto: Pedro Martinelli


Rio Danúbio
O segundo maior rio da Europa, atrás apenas do Volga, banha as capitais de dez países, como Budapeste, na Hungria (foto). Apesar de figurar entre as 200 principais regiões de conservação da biodiversidade no mundo, o Danúbio está ameaçado por um canal, inaugurado pela Ucrânia em 2007. A obra, que liga o rio ao Mar Negro, afeta a qualidade da água e a reprodução de animais – e pode ser ampliada em breve. Foto: Adriana Setti


Galápagos
Cada uma das 19 ilhas do arquipélago equatoriano que inspirou as teorias de Charles Darwin tem personalidade própria, considerando a diversidade de fauna e flora. Mas três fatores têm ameaçado a natureza em Galápagos: a atividade vulcânica, a presença de espécies não nativas (como os ratos) e o turismo descontrolado. Desde 2005, o arquipélago está na lista de lugares ameaçados da Unesco. Foto: divulgação


Grande Barreira de Corais
Principal refúgio mundial da biodiversidade marinha, a Grande Barreira de Corais da Austrália tem um ecossistema delicado, que pode não resistir ao aquecimento global. Diante de temperaturas altas, os corais se fecham. Ao fazer isso, acabam desalojando as algas que vivem dentro deles e são responsáveis por seus pigmentos. Em vez de verde ou amarelo, partes da Barreira estão ficando brancas. Foto: Alex Robinson


Monte Kilimanjaro
A visão é quase inacreditável: no calor da savana, ergue-se uma montanha nevada. A 5 895 metros de altura, o pico do Kilimanjaro, na Tanzânia, é o ponto mais alto da África. Estima-se que a neve esteja lá há pelo menos 12 mil anos, embora venha diminuindo desde meados do século 19. A cobertura nevada, que hoje corresponde a menos de 20% da original, deve sumir por volta de 2020. Foto: Yosemit


Machu Picchu
A principal ruína inca do mundo fica nas montanhas do Peru: são pátios, casas e templos, erguidos há cinco séculos com pedras de até 50 toneladas. Por dia, mais de 2 500 pessoas visitam o local, o que agrava os deslizamentos de terra e deteriora as ruínas. Para continuar existindo – e sair da lista dos 100 monumentos que mais correm risco no mundo –, Machu Picchu precisa de turismo sustentável. Foto: divulgação


Tuvalu
Composto por nove pequenas ilhas do Pacífico, o país pode se orgulhar de sua beleza, mas não da altitude de seus planaltos: o ponto culminante de Tuvalu fica meros 4 metros acima do nível do mar. Nos próximos 50 anos, o oceano deve subir 1 metro, o que deixará a maior parte do território tuvaluano submerso. A água salgada já está invadindo vilas e fazendo com que a população fuja para a Nova Zelândia. Foto: Dilaudid


Napa Valley
Depois da Disney, o Napa Valley é o destino turístico mais procurado da Califórnia. Ao longo de quase 50 quilômetros, o vale abriga 260 vinícolas, onde são produzidos alguns dos melhores vinhos do mundo – graças a uma combinação única de terreno e temperatura. Mas o calor crescente no Napa deve fazer com que, em 2050, a qualidade das uvas da região já esteja arruinada para sempre. Foto: Robert Holmes


Veneza
A cidade mais poética do mundo vem perdendo a luta contra o elemento que a torna especial: a água. Seus célebres canais, que surgiram entre 3 mil e 6 mil anos atrás, têm se enchido com frequência cada vez maior, o que faz com que o Adriático invada residências, igrejas e lojas. É possível que, nos próximos anos, ver a Piazza San Marco inundada deixe de ser uma exceção – para virar a regra. Foto: divulgação


Glacier National Park
Com geleiras de mais de 3,5 quilômetros de altura, o Glacier National Park, no estado americano de Montana, poderá ser obrigado a mudar de nome em breve. A ameaça vem do aquecimento global: no século 19, a área tinha 150 glaciares, que começaram a derreter lentamente ainda na década de 1850. Atualmente, apenas 27 deles resistem. A estimativa otimista é de que todos desapareçam até 2030. Foto: Ken Thomas


Ilhas Canárias
O maior problema desse arquipélago espanhol, composto por sete pequenas ilhas vulcânicas, é o turismo descontrolado. Em 2005, as Canárias receberam 9,3 milhões de visitantes (o Brasil inteiro, por exemplo, recebe cerca de 5 milhões de estrangeiros por ano). Apesar de ter quatro parques nacionais e mais de 140 áreas protegidas, apenas 20% do território das ilhas ainda preserva o ecossistema original. Foto: Berthold Werner

Alpes Austríacos
Considerada uma das melhores áreas para a prática do esqui no mundo, a parte austríaca dos Alpes também é vítima do aquecimento global: lá, a neve está cada vez mais distante do pé das montanhas. Para as próximas décadas, climatologistas calculam que a linha de neve na Áustria saia dos 654 metros de altitude e fique a quase 1 000 metros do nível do mar, longe demais de muitos resorts alpinos. Foto: Kotu




Fonte
O conteúdo desta galeria foi baseado no livro Disappearing Destinations – 37 places in peril and what can be done to help save them (editora Vintage), escrito pelas jornalistas Kimberly Lisagor e Heather Hansen. A obra, publicada em 2008 nos Estados Unidos (ainda sem edição em português), indica 37 lugares em perigo no mundo – e, em alguns casos, sugere meios de salvá-los.

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